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Reflexão sobre as Tendências Pedagógicas

Por Shamara Paz

Sempre fui aluna da rede pública de ensino e como estudante da educação básica afirmo que vivenciei uma mistura das tendências apresentadas.
No Ensino Fundamental (anos iniciais) não via os professores como autoritários ou donos do saber. Eles sempre foram bastante atenciosos e procuravam me ajudar em todos os momentos.
Já no Ensino Fundamental (anos finais) meu professor de Ciências e minha Professora de História tinha uma maneira bastante tradicional de ensinar. Eles sempre chegavam na sala de aula, sentavam no birô, pediam para a gente abrir o livro didático em determinado capítulo e eles mesmo realizavam uma leitura cansativa e desgastante. Em seguida, eles pediam para que a gente respondessem umas questões já prontas no livro. E as provas eram simplesmente a decoreba dessas questões.
Com isso não havia uma relação de diálogo entre professor-aluno, não tínhamos a oportunidade de realmente aprender o assunto e relacioná-lo com o nosso cotidiano.
Percebe-se que a didática destes professores está mais voltada para a Tendência Liberal Tecnicista, pois o objetivo central era a eficiência. Se respondêssemos as questões de acordo com o livro, teríamos atingindo o objetivo. Algo lamentável, em pleno ano 2000.
Por outro lado, tive outros professores que se preocupavam com a aprendizagem de qualidade. Onde os conhecimentos de mundo também eram valorizados. Havia uma relação de troca, ou seja, de socialização.
No Ensino Médio, onde fui aluna do Curso Normal Médio, tive a oportunidade de ser mais autônoma. A maioria dos professores tinham uma didática que nos valorizava como alunos em formação. Tínhamos a oportunidade de apresentar seminários, de expor nossas ideias, de realizar pesquisas de campos, estágios. Eles estavam voltados para uma tendência altamente Progressista Crítico-social dos conteúdos.
Não acredito que seja possível afirmar que as tendências liberais já deixaram de existir. Infelizmente a educação ainda traz vestígios da Educação da Colônia.  Muitos professores foram formados a partir desta didática e trazem essa maneira tradicional de ensinar.  As novas tendências buscam transformar esta realidade, mas infelizmente essas mudanças são lentas.
Com plena convicção afirmo que o “aprender a conhecer” NÃO pode estar dissociado do “aprender a fazer”.  Existem os 4 pilares da educação, são eles: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. Todos esses pilares devem estar interligados para que haja uma sustentação de qualidade.
O educador deve possibilitar condições favoráveis para que os alunos aprendam a conhecer. De uma forma que envolva pesquisas, visitas técnicas, entre outras atividades, por exemplo.
Porém, de nada adianta os alunos conhecerem e não colocarem em prática. É com essa intenção que os alunos vão aprender a fazer. Ocorrendo dessa forma uma práxis, valorizando a aprendizagem dos alunos.
Considero as tendências progressistas de grande importância. Para especificar, a TENDÊNCIA PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS. Porque acredito que a escola é o reflexo da sociedade e sendo assim ela não deve está desvinculada da realidade. Deve haver uma conexão entre sociedade e escola. Dessa forma, os alunos estarão sendo formados de forma significativa e poderão atuar de uma maneira altamente eficaz na sociedade em que vivem.





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