A entrevista foi realizada na casa do grande mestre Paulo
Freire no dia 17 de abril de 1997. Nesta época, Freire estava se dedicando ao
seu último trabalho; ele estava escrevendo o livro “Cartas Pedagógicas”. Por
conta deste fato ele estava muito cansado, mas não mediu esforços para deixar
uma grande esperança a todos nós com a sua entrevista.
Freire falou sobre as marchas históricas, entre muitas,
ele citou: “A marcha dos sem-terra, dos reprovados, dos que querem amar e não
podem, dos que não têm escola, etc”.
Quando ele fala destas marchas, lembro-me da “Pedagogia
do Oprimido” também escrita por Freire. Para que o oprimido se liberte é
preciso muita luta, muita “briga” para que haja transformações. Não devemos nos
acomodar diante das constatações. Devemos nos mover para mudar. Na entrevista
há uma passagem onde o mestre diz: “Nenhuma realidade é assim mesmo. Ela está
ai, submetida à possibilidade da nossa intervenção nela.”
Sinceramente, eu acredito nesta possibilidade. Porém,
sabemos que é difícil, mas quando pouco a pouco as pessoas tomarem consciência
disso, podemos alcançar a mudança e a transformação.
Durante o decorrer da entrevista, Freire ainda nos fala
sobre “O Ser Humano em Evolução”. Acredito e concordo com o mestre, pois sempre
aprendemos a cada dia, a cada suspiro e com todas as pessoas. Somos seres
incompletos e o melhor de tudo é que sabemos disso. Não somos como os outros
animais que não se reconhecem.
Freire diz que gostaria muito que Darcy Ribeiro estivesse
vivo para ver as marchas e as lutas existentes.
Finalizando Freire fala sobre a sua fé, dizendo que nunca
precisou da ciência ou da Filosofia para justifica-la.
Foi muito importante para mim poder assistir a entrevista
do grande mestre e filósofo Paulo Freire. Pois, ele nos deixa mais esperançosos
diante da vida e da educação. E diante da educação de jovens e adultos sabemos
que muito deles ainda são oprimidos, mas com muita luta podemos mudar esta realidade,
que não será de maneira nenhuma “estável”.
Texto
produzido pela acadêmica Shamara Angélica Cassiano da Paz, do 7º período de
Pedagogia “B”, solicitado pela docente Lindinalva Queiroz.
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